Eu fecho os olhos em vão.
Com tantos rogos rogados,
Não encontrei ainda mão
Para mantê-los fechados.
Quem dera tê-los lacrados,
Imersos na escuridão,
Já que, da vida cansados,
Dela não querem visão.
Quem dera mortos estarem
Para nunca mais olharem
Para o que não devem ver.
Que mortos sempre estivessem
Para quem por quem padecem,
Para quem os faz morrer.
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