... sempre o norte que não soubemos localizar, a imagem que jamais soubemos captar nem reproduzir. O amor nunca obedeceu aos padrões da vida, sempre caminhou por conta própria e riu de nossos esforços para mudá-lo. O amor é aquela preciosidade que nos será sempre negada, aquele tesouro que se esconde embaixo de uma das mil novecentas e trinta e oito árvores de um parque talvez em Nairóbi ou em Pequim. Se um dia subjugássemos o amor, o engaiolaríamos, como se fosse o mais raro de todos os felinos. E o obrigaríamos a dar reverentemente a pata aos visitantes. O amor é a prova cabalíssima de que nós, homens, não podemos tudo. O amor não submetido é a medida de nossa pequenez.
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