Riram todos do amor por sua linguagem sonsa, por sua gagueira, pela atrapalhação de suas mãos. Riram todos dele enquanto não tinham outra distração. Já se esqueceram dele. Ele continua sonso, gago, e suas mãos, atrapalhadas ainda, persistem em cavar a terra e em lançar-lhe sementes. O amor fala sozinho, como antes. Dizem que murmura ainda aquela oração com a qual espera trazer à superfície rosas que, tocadas pelo vento, cantem como um coral de anjos.
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