Habituei mal minha ameixeira. Mimei-a como se fosse um bonsai. Nas noites de frio, ela fica tocando a janela, pedindo para entrar. Eu a deixo ali, batendo os dedos no vidro. Pobre árvore. O que ela pensaria se soubesse que esta noite, como em tantas outras, eu fui para o quarto dos fundos, para não ouvi-la? Ela já deve andar desconfiada. Dá-me frutos cada vez mais mirrados e sensabórios.
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