Quem ao amor há de ter
Tão grande fidelidade
Que possa dele esquecer
A marca da iniquidade?
Quem dele há de se condoer
Quando, por sua maldade,
Um dia vier a morrer?
Quem há de ter piedade?
Quando ele morto estiver,
A ninguém convém lhe dar
Nem uma espiada sequer.
Ainda que morto, me creia,
Ele bem pode enredar
Qualquer um em sua teia.
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