terça-feira, 8 de abril de 2014

Soneto do castigo que merecemos

Tivemos tudo, bebemos
O sumo doce, o licor,
Nos embriagamos de amor
E ao céu não agradecemos.

Do inverno nos esquecemos
E hoje daquele esplendor,
Daquele brilho e calor
É neve, só, o que temos.

Ah, manhãs rubras e quentes,
Ah, mornos frutos pendentes,
Ah, douradíssimas tardes,

Agora nós já sabemos
Como vos celebraremos
Se acaso um dia voltardes.

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