Toda vez que a vê entrando ou saindo da enorme casa sempre cercada por pelo menos meia dúzia de homens, ele, menino que conhece da vida só o que leu em romances antigos, imagina se ela será como as famosas rameiras que, solicitadas a todo instante pela urgência dos fregueses, para não perder tempo mantinham, debaixo da cama, aquele recipiente de metal de nome tão prosaico. Se ela aceitasse, ele se ofereceria para esvaziá-lo sempre que necessário, e o lustraria caprichadamente, antes de devolvê-lo. Sua boca saliva quando ele pensa nisso.
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