Este espaço vai se tornando um desbragado e desavergonhado diário de quem não tem nada a relatar senão a miséria de sua alma e a degradação de seus sonhos. Deveria registrar estas minhas impressões num arquivo que apenas meus filhos, se quisessem, poderiam ler quando eu tiver completado meu caminho e tirarem minhas botas sujas para calçar-me um par de sapatos com os quais eu não possa envergonhar mais ninguém. Não se encontrará em nenhuma de minhas calças um vestígio sequer das estrelas que eu imaginei colher um dia, e os meus versos apodrecerão neste blog e exalarão um cheiro igual ao daqueles enormes e temidos recipientes que recolhiam o lixo dos antigos leprosários.
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