De três em três meses, sempre no dia 1º, ela me manda um envelope. Dentro, um delicado papel sem nenhuma palavra, só sua boca impressa em batom escarlate. Procuro conter o impulso dos meus lábios, mas às vezes, faltando ainda alguns dias para a chagada do envelope, já quase não se distingue sua boca, e o papel tem um sabor triste.
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