Quando sonha com ela, ele acorda chorando. Não porque ela lhe fuja, como fez sempre na realidade, mas porque no sonho ela é uma putinha que lhe exige um dinheiro que ele tem no bolso, mas que lhe escapa por entre os dedos quando vai apanhá-lo. Quando desperta, está invariavelmente curvado na cama, de joelhos, tentando recolher as moedas que já desapareceram, embora gargalhem ainda com o tilintar de seu sarcástico ouro, tão fulgurante quanto os dentes da boca da puta, pelos quais ainda há um instante passava, mil vezes repetida, a palavra tolo.
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