Quem a um morto há de negar,
Mesmo a um sem eira nem beira,
A visita derradeira
Ou aquele último olhar?
Quem, mesmo a um morto sem classe,
Compaixão recusaria
E a presença negaria
Se a ocasião se apresentasse?
Quem agiria assim, quem?
Diríamos que ninguém.
No entanto, certos defuntos
Não há quem queira tocá-los
E nem sequer mencioná-los,
Como indigestos assuntos.
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