"Diante de mim a noite se torna mais escura,
As rajadas do vento são mais frias e selvagens.
E eu, aprisionada a este sortilégio,
Não posso mais partir.
Gigantes, as árvores se arqueiam,
Galhos nus sob a pesada neve;
Já a tempestade inclina mais baixo a sua fronte,
Por isso não posso mais partir.
Sobre mim o espaço e as nuvens;
Os desertos deságuam aos meus pés.
As solidões não me comovem mais;
A vontade se acha extinta.
Não posso mais partir."
(Do livro O vento da noite, tradução de Lúcio Cardoso, Editora Civilização Brasileira.)
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