Não há quem, tendo provado
Do amor um pingo que seja,
Com direito não se veja
De provar mais um bocado.
O amor se faz de rogado
E astucioso mercadeja
Tudo que a seu ver esteja
No âmbito do seu reinado.
Marcado na sua tabela,
Desta carícia ou daquela
Está o exato valor.
Cobrando-as sem remissão,
O amor, sem pena ou perdão,
Se torna nosso senhor.
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