"Ofélia acabou de cantar cantigas loucas
e saiu de cena preocupada:
será que o vestido não amarrotou, o cabelo
caiu nos seus ombros do jeito que devia?
Para cúmulo da verdade, lava o cenho do negro
desespero e - como filha de Polônio que é -
para ter certeza conta as folhas tiradas do cabelo.
Ofélia, que a Dinamarca perdoe a mim e a ti:
morrerei com asas; sobreviverei com garras práticas.
Non omnis moriar de amor."
(De Um amor feliz, tradução de Regina Przybycien, edição da Companhia das Letras.)
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