Acho que, no final das contas, tive sorte com meus fantasmas. Não me trataram pior do que, no geral, me trataram os vivos. Um vizinho me contou que teve experiências desagradabilíssimas com fantasmas. O que mais recentemente se instalou na casa dele disse chamar-se Zé Pereira e por quatro noites, embora não se deixasse ver, advertia esse meu vizinho e a família: não olhem para mim, não olhem, que estoupelado. Isso foi neste carnaval. A partir da quarta-feira de Cinzas, ele não apareceu mais.
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