Lembro-me de como me viciei em literatura. Claro, sempre há os gurus. Fizeram-me a cabeça especialmente Fernando Pessoa e William Saroyan. Foi uma época na qual as palavras tinham para mim um gosto que - eu supunha - apenas Deus ou o Diabo, ou os dois em conspiração, poderiam dar-lhes. Com Pessoa e Saroyan aprendi que nas palavras há sempre um gosto que cada homem pode buscar e que é essa a perversão das perversões, maior que as mesquinhas transgressões da carne.
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