Deixá-la furtar
Beijá-la muito, deixá-la furtar todas as palavras de nossa boca e devorá-las. Ficar só com os monossílabos, murmurá-los com os lábios colados aos dela e permitir que, aos poucos, ela também os molhe com sua saliva ternamente venenosa e os saboreie, e os faça descer até seu estômago, onde jazem já tantas queixas poéticas.
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