Vampira jovem
Porque a presume virgem, impõe-se o suplício de se introduzir nela devagar. Assim. A pontinha da ponta, só a pontinha. Concentra-se, segura-se. Um pouco mais. A ponta escorrega, palpitante, desliza para baixo. Agora um milímetro, um centímetro mais. Isso. Mais um centímetro, um e meio, dois. Ah. Um indesejável princípio de gozo aflui à ponta, já quase toda enterrada ali de onde agora nem a vontade de Deus a tirará enquanto ele, mordido pela mulher no pescoço, na orelha, na boca, não a castigar como deve ser castigada uma vampira jovem que, para incitá-lo a enterrar-se mais, se põe a gemer nomes de homens, como se conhecesse todos, de A a Z.
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