Ainda não escolhi, mas talvez o lírio seja a flor adequada para compor um soneto à moda antiga, que exprima, também à moda antiga, aquela ainda mais antiga convulsão da alma, denominada amor, e que, para ser genuína, precisava ter, outrora, aquela alegria única, aquele sofrimento, aquela angústia e aquele querer matar-se que ficariam tão bem, no soneto que pretendo escrever, com um encontro de rimas no qual estariam, por ordem de entrada na cena, lírios, delírios, martírios e por fim os círios, que era como acabavam os amores românticos - não estes amores destinados a encher de sorrisos domésticos os álbuns de fotografias.
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