Carregava o amor morto nas costas, como se fosse um bezerro, e, quando para ele olhavam, gemia: "Vejam como me pesa, imaginem como sofro." Era presunçoso então e a vaidade o fazia exagerar o peso e os gemidos. Deve ter aprendido algo, porque agora no ombro leva um pequeno pássaro e diz: "Vejam que leve e que belo. É o meu amor. Está morto, porque tudo e todos morrem, mas ouçam como canta ainda ternamente as canções que lhe ensinei outrora."
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