Num longo dia de inverno,
Sentindo-te muito triste,
Saudoso de um amor terno,
O teu coração abriste.
E nesse instante pensaste
Que novamente podias
Desfrutar qual desfrutaste
O doce fruto dos dias.
E, alheio às velhas lembranças
E às finadas esperanças,
Tu te abriste para as novas.
Mas também estas murcharam
E tuas mãos as levaram,
Como as outras, para as covas.
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