O caminho dos dedos
Quando ela se deita, a pequena elevação no ventre, que se destaca quando ela está em pé, se aplaina e se mostram plenos os tesouros que ele, aturdido como um menino, quer explorar, sem saber por onde começará. Pede às mãos que o guiem. Elas, ainda tímidas, vão buscar uma pepita nos cabelos, apalpam o rosto, os seios, e descem devagar para o ventre. Ali se demoram mais, tateando a morna planície pela qual lentamente irão deslizar para outra elevação, esta protegida e demarcada por uma tênue e úmida relva que aos dedos caberá prazerosamente tocar.
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