Glória antiga
Há muito tempo ninguém dorme nela. Está à venda na loja de móveis usados. Mas há noites em que geme ainda, parecendo reproduzir vozes que exigem e suplicam. Não são fantasmas entretidos em jogos amorosos. É a madeira, saudosa dos corpos que sobre ela gozaram outrora, no bordel.
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