terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Aquele amor nunca mais
Enquanto vive só em nós, enquanto não é declarado, o amor é nossa maior riqueza. Por que nunca aprendemos a deixá-lo assim, ignorado pelo ser que se ama? Depois que o segredo é compartilhado, o próprio amor sente que nunca será igual. Passa a querer retribuição, a exigir atenção, torna-se mesquinho. O amor deveria ser sempre como alguém que passa pela porta e não toca a campainha. Tocar a campainha é já querer alguma coisa. Se eu tivesse pensado nisso, naquela noite... Se eu tivesse passado pela tua porta, e ficasse depois, como sempre, olhando de longe para a tua casa, imaginando sob qual daquelas luzes você estaria. Parei, toquei a campainha, disse-lhe o que devia ter guardado comigo e nesse momento me revelei tão interesseiro quanto todos os outros. Que saudade eu sinto agora do tempo em que só meu coração e eu sabíamos por que ele batia e por que eu respirava.
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