domingo, 3 de março de 2013
Kama Sutra - CXXVI
Quando ele a toca, quando ele a beija, quando seus dedos e sua boca redescobrem os macios e mornos caminhos da sua pele, e as penugens delicadamente douradas, e também aquelas um pouco mais espessas e escuras, porém afáveis como as outras; quando ele, receando magoar um centímetro que seja daquele corpo, o trata com língua e dedos cada vez mais ternos; e quando enfim ele sente chegar o momento de, embora com doçura, cravar mais uma vez no centro do corpo adorado o símbolo de sua posse, ele sempre lastima não haver uma expressão menos grosseira para esses exercícios, que ele repete diariamente. Quando os pratica, sua amada nunca está presente. Mas o corpo dela (como diz aquela expressão tão destituida de poesia) está sempre ao seu alcance.
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