quarta-feira, 13 de março de 2013

Soneto do amor fingido

Desde o começo sabíamos
Que morreria, e morreu.
Mas, como nos divertíamos,
Nada disseste, nem eu.

Na ilusão nos comprazíamos,
Foi ela que nos moveu,
E enquanto nos iludíamos
Ocorreu o que ocorreu:

O amor morreu e sentimos,
No dia em que morto o vimos,
Quão tolos tinhamos sido.

Soubemos que sempre o amamos,
Embora sempre o tenhamos
Em nós burlado e fingido.

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