quinta-feira, 4 de julho de 2013
Crase, meu amor
Ferreira Gullar bem disse que a crase não foi feita para humilhar ninguém. Eu vou adiante. Digo que amo a crase e, embora confesse que ainda hoje nem sempre sei se a aplico ou não, devo a ela e a mais alguns outros espantalhos da língua portuguesa o sustento de minha família por várias décadas - primeiro na revisão e depois na redação do Estadão, além de trabalhos para várias editoras. Se eu soubesse mostrar-me agradecido, encomendaria a um artista plástico uma espécie de brasão, no qual a crase, as vírgulas, as aspas, os pontos de interrogação e exclamação naturalmente figurariam em primeiro plano. A divisa seria algo como isto (naturalmente em latim): "A gramática não é tão feia quanto parece."
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