terça-feira, 10 de setembro de 2013

Há sempre uma calçada

Um dia, em dezembro provavelmente, aos olhos aflorarão duas lágrimas às quais o coração não tardará a dar significado. Assim como as revoluções têm seus capitães, seus heróis, seus mártires, o amor guarda suas datas, suas medalhinhas com fitas, suas reminiscências, seus lugares sagrados, ainda que sejam numa rua A ou D de subúrbio. Há sempre uma calçada sobre a qual não será heresia deixar cair duas lágrimas de saudade.

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