domingo, 6 de outubro de 2013

Um poema de Eugenio Montale

"A gente se vê, disse-me alguém
antes de enfiar-se no além.
Mas dessa pessoa não lembro nada
que me permita reconhecer quem é.
Lá embaixo/cima não haverá carteiras
de identidade, nem discursos opiniões
entrevistas marcadas ou outras dessas futilidades.
Lá em cima/baixo nem mesmo encontraremos
o Nada e não é pouca coisa. Não teremos
nem o éter nem o fogo."

(De Poesias, tradução de Geraldo Holanda Cavalcanti, publicado pela Record.)

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