terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Soneto da promiscuidade

Não ter caráter é bem
Uma daquelas virtudes
Que em todas as latitudes
O amor sempre teve e tem.

O amor não ama ninguém,
Não ama Paulo, Gertrudes,
E apenas toma atitudes
Daquelas que lhe convêm.

Seja como e com quem for,
Nada de nós quer o amor
Além do ato de gozar.

Onde quer que nos enfiemos,
Sempre sinais acharemos
De alguém que acabou de estar.

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