O corpo
não leva ninguém
a nenhum lugar
O vivo que vai dormindo
no carro milionário
e o morto
no carro funerário
não veem o itinerário
Vão de olhos fechados
não leem o nome das ruas
das alamedas
das avenidas
não veem o caminho
a direção
Quando chegar
o vivo poderá lastimar
não ser aquele
o lugar almejado
o paraíso perdido
a atlântida
o eldorado?
E o morto
quando chegar
poderá se queixar a sério
de ser frio o lugar
e sombrio
como um cemitério?
quarta-feira, 9 de abril de 2014
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