domingo, 4 de maio de 2014

Soneto da cantiga que ninguém mais canta

Já não importa o que eu diga,
Nem interessa o que eu faça.
Sou uma canção antiga
Que já perdeu sua graça.

Quem ouve hoje essa cantiga
Numa rua, numa praça,
Talvez não mais a consiga
Recordar: o tempo passa.

Por uns instantes talvez
Possa as palavras lembrar
Que o encantaram uma vez.

Porém repentinamente
Começará a cantar
Uma canção mais recente.

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