segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Onde

Onde sepultamos o amor jamais saberemos. Era noite, e nos embrenhamos na mata de tal forma que nenhum marco ficasse e nos instigasse a visitar um dia a terra onde certamente nenhuma árvore se prestará a nascer sobre aquele que, se não tivéssemos medo de fazer apodrecer nossa boca, chamaríamos de maldito com tal força na voz que todos os patricidas, matricidas, uxoricidas e fratricidas, desde Caim, se sentiriam convocados e perambulariam pelo mundo, carregando sua carne leprosa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário