"A religião é uma força precisamente porque ela não é luz. A filosofia é luz, e enquanto luz não é força."
"Em outras palavras, a religião para permanecer eficaz não deve resolver-se em filosofia; mas a sua própria eficácia prende-se ao fato de não ser mais do que uma verdade latente, implícita, virtual, obscura. Não há religião séria sem trevas, como não há fé ardente sem fanatismo."
"Por que seria o indivíduo indestrutível, quando a espécie humana é perecível, quando a sua aparição não é mais do que um episódio da história de um planeta de forma alguma eterno? A existência fora do espaço, a existência fora do tempo são-nos conhecidas somente por intuições do espírito. A sua possibilidade é uma conjetura; a sua realidade é duvidosa."
"O amor contém em si o princípio da própria dissolução. Desde que nos recobramos em nossa unidade, em nosso eu, em nossa liberdade, embora apenas por um dia, sentimos que a vida em casal não é mais que provisória, episódica, passageira, e que o amor conhecerá o seu fim."
(De diário íntimo, tradução de Mário Ferreira dos Santos, publicado pela É Realizações.)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário