segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O amor é um vício

Pense no amor como num vício: o álcool, por exemplo. É isso que são o álcool e o amor: vícios. O álcool tentou matá-lo - e você venceu. Há mais de quarenta e quatro anos você se mantém obstinadamente: nem uma gota. Porque uma só, você sabe, é suficiente para que ele o jogue de novo de quatro no chão. Num dia de 1968 (!!!) você disse basta ao álcool - e bastou. Hoje, 13 de janeiro de 2013, você disse basta ao amor - e há de bastar. O amor é um inimigo mais temível, mas você não precisará suportar quarenta e quatro anos para se declarar vencedor. Provavelmente já nesta década, neste ano, neste mês, nesta semana, quem sabe, seus olhos se fecharão. O maior cuidado você há de ter no derradeiro momento: se você disser o nome dele - do amor -, que você o diga não com ternura, mas com a veemência com que se deve apontar o dedo para o rosto de um assassino.

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