domingo, 16 de junho de 2013

Princesa

Dorme agora, em algum país muito distante, uma princesa, a única que merece ser assim chamada. Ela sonha e há no seu sonho um riozinho que corre entre duas margens muito verdes e sob um céu cujo azul ainda não se viu em nenhuma tela dos grandes mestres. Não sei com quê nem com quem ela sonha, mas não a acordarei, embora tenha em minhas mãos um poema que me foi soprado por um anjo, além de uma rosa que me foi entregue por uma fada. Pelo sorriso da princesinha, a rosa e o poema não valem decerto o que ela vê no sonho. Que ela continue a ver o riacho e que, se eu entrar no sonho dela, seja algo leve e suave, como uma lágrima, que, se for vista por ela, há de ser confundida com uma gota de chuva, um pingo azul do céu.

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