segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Kama Sutra - CCICVII
Os homens que me olham quando eu passo e se oferecem não sabem que eu já tenho um, o meu. Não adianta nenhum me exibir a língua nem fazer aquele barulho esquisito que alguns fazem. Parece que estão chupando o dente. Um me falou hoje que eu não sei o que é gostoso. Ele é que pensa. Tenho só quinze, mas já sei bem o que é gozar. Toda noite o filho do patrão entra de fininho no meu quarto e, meu Deus, o que a gente faz ali na minha cama estreita e no chão! Foi bom eu vir pra cá. No sítio, aquele meu primo sonso só queria fazer todo dia do mesmo jeito, que nem o bode com a cabra. E olha que ele tem vinte e dois, já. O patrãozinho, filho do meu patrão, tem dezessete só, mas gosta de outras coisas, negócio de língua e dedo. Deus, sei que vou pro inferno de tanto gozar. Toda noite digo que vai ser a última, mas o meu coração só falta berrar quando ouço os pés descalços do patrãozinho no corredor.
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