segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Mais um dia
Mais um dia. Ontem, anteontem, antes de ontem e de anteontem, há dois, há três, há quatro anos, todos os dias são iguais. Tomara fossem dóceis e afáveis como um gatinho querido. São perversos, porém, e arranham, e desfiam meu único pulôver bom e vão à estante e urinam no meu Dostoiévski. No entanto, bastaria tão pouco: um impulso, uma súbita coragem, algo que durasse o suficiente para não precisar dizer amanhã novamente: mais um dia.
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