sexta-feira, 6 de setembro de 2013
No colégio em frente
No colégio na frente de casa, os garotos e as garotas cantam o Hino da independência. Como é bela a voz da juventude. Tudo que ela diz parece ter sentido: a liberdade, o amor, a esperança. Depois, em contato com os velhos, ela é contaminada pelo ceticismo, pela desconfiança, pela falsa sabedoria. Aprende teoremas, silogismos, regras de três, sofismas. E perde o timbre claro. Ouço os jovens cantando, lembro-me de como cantei também, quando fui um deles, e sei que jamais cantarão como hoje. Conhecer o sentido das palavras é perder o que há de belo nelas, sua alma, seu mistério. Quem me dera estar dizendo hoje, agora, pela primeira vez a palavra liberdade, a palavra amor, a palavra esperança.
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