Feliz é quem se contenta
Com o pouco que o amor lhe dá
E mais obter nunca tenta,
Porque mais não obterá.
A mão do amor é avarenta,
Mão mais mofina não há,
E quem dela se alimenta
Sempre fome sentirá.
Zeloso do seu tesouro,
O amor modifica em ouro
Cada migalha de pão.
A nós cabe recebê-las,
Prová-las e enaltecê-las
Tal qual fossem um filão.
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