É hora de me desfazer
De tudo quanto reluz,
De tudo quanto seduz
E me estimula a viver.
É hora de reconhecer
Que onde eu a esperança pus
Há muito tempo já a luz
Não deveria acender.
É hora afinal de admitir
Que tudo é pó e ilusão
E é tempo já de partir.
E, enquanto posso falar,
É hora de implorar perdão
E também de perdão dar.
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