sábado, 5 de julho de 2014
No asilo
Uma tarde, o mais taciturno dos velhotes desandará a falar comigo e a me contar episódios de sua adolescência. Falará de sua namorada, a primeira e mais amada, e contará como tudo nela era bonito, o rosto, a boca, os olhos. Até o nome. Era um nome suave, ele me dirá, desses que designam flores. Começará a chorar, então. Eu lhe perguntarei que nome era. E ele: "Eu me esqueci."
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