segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Lírica (1.315) - Beleza
Não tenho escrito senão para louvar uma flor que me encanta como jamais me encantou alguma coisa ou alguém e dá aos meus dias uma emoção inquieta que ainda não aprendi a exprimir, e jamais aprenderei, porque a nenhum humano é dado conhecer integralmente a beleza, para que todos continuem a buscá-la sempre, sabendo que a glória suprema de cada um será ter dela apenas um vislumbre, um sinal, um vislumbre e um sinal que justificam a vida e explicam o sorriso que alguns ostentam, mesmo depois da atroz e derradeira agonia.
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