"Eis outra janela,
Onde outros não dormem.
Talvez bebam vinho,
Ou sentem mansinho.
Ou apenas - duas
Mãos não se apartem.
Em cada casa, amigo,
Há um postigo assim.
Grito de encontro e de adeus -
Tu, janela na noite!
Talvez, cem candeias,
Talvez - só três velas...
Não há nenhuma paz
Também para mim,
Pois, em minha casa,
Aconteceu assim.
Reza, amigo, pela casa acordada,
Reza, pela janela iluminada!
(De Indícios flutuantes, tradução de Aurora F. Bernardini, edição da Martins Fontes.)
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