Houve um tempo no qual imaginei que poderia ser Machado de Assis. Dá para entender. Eu tinha quinze anos e era um presunçoso. Hoje posso dizer que sou um fracassado. Dá para entender. Tenho a maturidade dos setenta e sete.
Sou um homem que ama a literatura e desde os 12 anos, quando li A Comédia Humana, de William Saroyan, tenta ser escritor. Tenho muitos livros publicados, mas quem diz se alguém é escritor são os leitores. Então, cada livro meu repete a pergunta: sou um escritor?
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