sábado, 1 de dezembro de 2012
Injustiça
Há dias em que fechar os olhos bem fechados e não morrer é, mais do que um fato normal, uma injustiça.
Por que não?
Nossas mãos talvez tivessem se entendido e, depois delas, os lábios. Mas nós dois as mantivemos tão afastadas e receosas, tão calados e vigiados... A razão nos reprimiu, e nossas mãos e nossos lábios ainda hoje se perguntam por que não ousaram, enquanto nos olhos, anuviados pelas lágrimas, não há mais nenhum vestígio da esperança que havia naquela tarde.
Máscara
Convém dizer boa noite, ainda, boa tarde e bom dia, e lamentar não se ter um chapéu para tirá-lo em elegante mesura. Convém ser amável com os outros, e continuar sorrindo, para que ninguém veja a nossa verdadeira face, roída pelo infortúnio e marcada pelas calamidades do amor.
A trinca
Assim como os corretores de imóveis, quem faz uma jura de amor nunca admitirá que existe uma trinca, uma pequena trinca que algum dia se transformará em uma enorme e imperdoável rachadura.
Solução
Com a dose certa de coragem e um instrumento adequado (nos livros de Agatha Christie encontram-se vários exemplos), podes não acabar com o mundo, que detestas, mas podes privar-te de vê-lo.
Catástrofe
A imprensa hoje noticiou
Que o fim do mundo está perto.
Deve ser erro, decerto:
Meu mundo há muito acabou.
Que o fim do mundo está perto.
Deve ser erro, decerto:
Meu mundo há muito acabou.
Dois poemas de Gustavo Adolfo Bécquer
"Es cuestión de palabras, y, no obstante,
ni tú ni yo jamás,
después de lo pasado, convendremos
en quién la culpa está.
Lástima que el Amor un diccionario
no tenga dónde hallar
cuándo el orgullo es simplesmente orgullo
y cuándo es dignidad!"
.........................................................................
"Como en un libro abierto,
leo de tus pupilas en el fondo;
a qué fingir el labio
risas que se desmienten en los ojos?
Llora! No te avergüences
de confesar que me quisiste un poco.
Llora! Nadie nos mira.
Ya ves; yo soy un hombre..., y también lloro!
(Do livro Rimas, publicado pela Aguilar, Madrid.)
ni tú ni yo jamás,
después de lo pasado, convendremos
en quién la culpa está.
Lástima que el Amor un diccionario
no tenga dónde hallar
cuándo el orgullo es simplesmente orgullo
y cuándo es dignidad!"
.........................................................................
"Como en un libro abierto,
leo de tus pupilas en el fondo;
a qué fingir el labio
risas que se desmienten en los ojos?
Llora! No te avergüences
de confesar que me quisiste un poco.
Llora! Nadie nos mira.
Ya ves; yo soy un hombre..., y también lloro!
(Do livro Rimas, publicado pela Aguilar, Madrid.)
Sinto. Sentes?
Sinto ainda em mim o teu gosto,
Aquele que já sabias
Que nunca mais me darias.
E tu? Sentes meu desgosto?
Aquele que já sabias
Que nunca mais me darias.
E tu? Sentes meu desgosto?
O quê?
Queres que eu lembre o passado,
Falas até de um amor.
Perdoa-me, por favor,
Mas eu não estou lembrado.
Falas até de um amor.
Perdoa-me, por favor,
Mas eu não estou lembrado.
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