sábado, 9 de fevereiro de 2019
Ocorrência
Morreu com um tiro no coração e um nome na boca. Ninguém o ouviu, mas um desses homens que sempre se encontram no palco de tragédias e têm o vício da literatura garantiu que o nome era Amor.
Ponto de vista
Há quem encare o amor com olhos de secretário de vias públicas e julgue que tudo se resume em tapar buracos.
Dever
Devemos servir à poesia com fervor, como se tivéssemos algo a lhe oferecer além de nossa presunção e de nossa mediocridade.
Esta noite
Esta noite você ouviu de novo o pássaro da juventude Cantava uma canção que falava de perdas e morte, mas você o absolveu, porque o sonho todo era triste.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019
Hoje no Estadão
Completo a série que homenageia essas adoráveis criaturas.
https://emais.estadao.com.br/blogs/escreviver/
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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019
Sintomas
Os que morrerão de amor ainda não sabem, mas já há quem note como vão se parecendo cada dia mais com os tolos e os mártires.
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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019
Soneto de louvor ao silêncio
O que hei de aos outros dizer
Que já não tenham ouvido,
Que ainda não hajam sabido
E que lhes possa valer?
Bem age se emudecer,
Ficar oculto, escondido,
Quem em tudo foi vencido,
Quem nada soube vencer.
Quem quer ouvir a experiência
De alguém cuja única ciência
Foi falhar e refalhar?
Que eu possa manter-me mudo
Sempre sobre aquilo tudo
Com que não soube lidar.
Que já não tenham ouvido,
Que ainda não hajam sabido
E que lhes possa valer?
Bem age se emudecer,
Ficar oculto, escondido,
Quem em tudo foi vencido,
Quem nada soube vencer.
Quem quer ouvir a experiência
De alguém cuja única ciência
Foi falhar e refalhar?
Que eu possa manter-me mudo
Sempre sobre aquilo tudo
Com que não soube lidar.
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terça-feira, 5 de fevereiro de 2019
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019
Soneto de como o amor me pagou
Do amor eu fui um vassalo.
Tratei-o sempre a contento,
Nasci para dar-lhe alento
E vivi para louvá-lo.
Fui seu cão, seu cavalo,
Fui sua rês, seu armento,
Fui seu pão, fui seu sustento,
Sua consolo e seu regalo.
De mim o amor se valeu,
De mim o amor se preencheu,
De mim o amor se nutriu.
Quando de mim se fartou,
Sem titubear me mandou
À vaca que me pariu.
Tratei-o sempre a contento,
Nasci para dar-lhe alento
E vivi para louvá-lo.
Fui seu cão, seu cavalo,
Fui sua rês, seu armento,
Fui seu pão, fui seu sustento,
Sua consolo e seu regalo.
De mim o amor se valeu,
De mim o amor se preencheu,
De mim o amor se nutriu.
Quando de mim se fartou,
Sem titubear me mandou
À vaca que me pariu.
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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019
Hoje no Estadão
falo um pouco mais dos chatos.
https://emais.estadao.com.br/blogs/escreviver/os-chatos-lembram/
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