"Parte, parte, parte-te
nas tuas pedras cinzentas e frias, ó Mar!
E eu queria que a minha língua pudesse proferir
os pensamentos que se erguem em mim.
Tanto melhor para o filho do pescador
que ele grite com a sua irmã ao brincarem!
Tanto melhor para o jovem marujo
que ele cante no seu banco na baía!
E os navios imponentes lá vão
para o seu abrigo sob a colina.
Mas, oh, pelo toque de uma mão desvanecida
e o som de uma voz que está calada!
Parte, parte, parte-te
ao pé dos teus penhascos, ó Mar!
Mas a graça terna de um dia que está morto
nunca voltará para mim."
(Do livro Poemas de Alfred Tennyson, tradução de Octávio dos Santos, publicado pela Saída de Emergência, Portugal.)
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