"Nada perdemos de sensatez no gosto pela fábula, de realismo no prazer da metáfora, apenas saímos da condição de miséria para a qual nos arrasta a falta de magia. A dança de Salomé continua a nos dizer o mesmo que nos diz a vida, todos os dias, que, afinal, mais cedo ou mais tarde, sempre perdemos a cabeça. Assim dizem os escritores nos seus devaneios, nos seus rodopios."
(Do livro Breves anotações sobre um tigre, publicado pela Ardotempo.)
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