domingo, 15 de março de 2015

Soneto da dama que trabalhava para um senhor

Nós fecharemos a porta
E quando vierem tocar
Mandaremos avisar
Que a dona aqui está morta.

Do que morreu não importa,
Já nem convém indagar.
Parou, só, de respirar,
Não responde a quem a exorta.

O seu nome era Poesia
E dos trabalhos vivia
Que lhe pedia um senhor.

Este há muito já não vem,
Dizem que morreu também
E que se chamava Amor.

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